Crackers começam a concentrar ataques nas empresas

A recente falha de segurança que deixou 40 milhões de cartões de crédito vulneráveis a fraudes mostra como os criminosos online estão atingindo grandes alvos "pensando pequeno". Os cibercriminosos realizam ataques pensando nos lucros quando investem contra um ou dois computadores de uma empresa em vez de disseminar vírus virtuais pelo mundo todo.

A recompensa pode ser enorme: a MasterCard International declarou, na sexta-feira, que alguém conseguiu ter acesso aos números de 40 milhões de cartões de crédito e de cartões de pagamento gerenciados pela CardSystems Solutions, encarregada de processar pagamentos. Hoje, uma porta-voz da MasterCard afirmou que o agressor havia inserido um script malicioso nos computadores da CardSystems.

Em Israel, a polícia está investigando um caso de espionagem industrial que usou programas conhecidos como "cavalos de Tróia" para copiar informações confidenciais de algumas das maiores empresas do país. Empresas de seguro afirmam que esse tipo de ataque torna-se cada vez mais comum. "Vimos vários exemplos de cavalos de Tróia que pessoas criam e usam em um número bastante pequeno de empresas", disse Shimon Gruper, vice-presidente da empresa Aladdin Security.

Segundo Mark Sunner, da MessageLabs, desde janeiro, sua empresa registrou um aumento de 150% nos ataques que elegem por alvo apenas uma ou duas companhias. Analistas afirmam que há vários motivos por trás dessa mudança no padrão de comportamento dos hackers. Hackers cujo objetivo seria se divertir criaram vírus que atacaram empresas e computadores em todo o mundo, mas não lucraram com isso.

Esses hackers ficaram em um segundo plano depois da entrada, em cena, de grupos organizados, com base frequentemente em países do Leste Europeu e que agem para ganhar dinheiro. Ataques direcionados possuem outra vantagem importante: eles são geralmente pequenos o suficiente para ficar de fora dos radares de empresas de segurança de Internet, cujo alvo principal são os ataques de grande escala.

Os agressores podem enviar emails personalizados para funcionários de empresas ou fingir serem responsáveis pelo setor de informática que precisam instalar um software de atualização. Uma vez que tenham entrado no sistema, esses hackers podem usar programas simples de spyware para obter senhas, números de contas bancárias ou outras informações valiosas.
 
Reuters

 
 
 

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