Indústria e varejo se preparam para venda mais barata de PCs

JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

Fabricantes e varejo se preparam para a venda de micros mais baratos devido às mudanças fiscais previstas na chamada "MP do Bem", assinada na última quarta-feira. A medida isenta o pagamento de PIS e Cofins na compra de equipamentos que custem até R$ 2.500 --com isso, os preços repassados ao consumidor final devem ficar 9,25% mais baixos.

"A parte do governo já foi 100% cumprida e o programa 'Computador para Todos' [antes chamado de PC Conectado] já está pronto para ser colocado em prática", afirma Cézar Alvarez, assessor do presidente Lula que coordena o projeto. "Agora, o setor está se ajustando para que isso aconteça."

O supermercado Extra afirma que, a partir de sábado, seus clientes já encontrarão os equipamentos com preços reduzidos nas prateleiras e também no site www.extra.com.br. "Esperamos aumentar a quantidade de máquinas vendidas em 70%. E estou sendo pessimista, porque esse número pode ser maior", diz Rita Bellizia, gerente de categoria eletro do grupo Pão de Açúcar.

A Casas Bahia divulgou que irá repassar os benefícios para o consumidor, sem citar datas. Por meio de sua assessoria de imprensa, divulgou a seguinte nota: "A empresa tem trabalhado com a sua margem de lucratividade para cobrir os custos. Possivelmente os impactos da 'MP do Bem' sejam melhor percebidos quando do recebimento de novas mercadorias ou novos pedidos."

Não é necessário qualquer pré-requisito para que o consumidor tenha acesso a esse benefício de isenção fiscal. Os micros de até R$ 1.400 vendidos com as linhas de crédito definidas pelo programa, também estão livres dos tributos.

Aguardo

Os fabricantes, que esperam aumentar o volume de vendas, aguardam com ansiedade a redução dos preços nas lojas. "Sabemos que o varejo vai reagir à mudança e esperamos que isso aconteça rápido", diz Hélio Rotenberg, diretor da Positivo Informática.

Segundo o executivo, a isenção do PIS e Cofins deve fazer com que a venda legal de micros abocanhe uma fatia do mercado informal --que trabalha com a sonegação de impostos. "Isso causa uma reação em cadeia ligada à maior arrecadação de impostos e criação de emprego."

A HP Brasil compartilha essa opinião. De acordo com Cristina Palmaka, vice-presidente do grupo de sistemas pessoais da empresa, a iniciativa deve reduzir a informalidade do setor, levando parte dela para a legalidade. "Ainda não temos uma previsão de números, mas acreditamos no crescimento do volume de vendas. O mercado deve, agora, se redesenhar e direcionar para trabalhar com essa novidade."

Procuradas pela reportagem, Dell, Ponto Frio e Submarino não quiseram falar sobre o programa.


 
 
 

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