Metron pede concordata 

Fábrica de computadores com capital 100% nacional pede concordata preventiva devido a dificuldades financeiras

SÃO PAULO - Fundada há cerca de 20 anos a Metron, uma das principais e maiores indústrias de computadores do país, entrou com pedido de concordata preventiva na tarde de
segunda-feira.

Empresa com 100% de capital nacional, o que é raro no ramo globalizado da computação, fez o pedido de concordata preventiva porque seu nome passou a constar da lista dos devedores do SERASA (Centralização de Serviços Bancários) e sofreu pedido de falência formulado pelo Banco BBM S/A.

No pedido de concordata o advogado da empresa, Jeremias Alves Pereira Filho, informa que vários fatores levaram ao pedido de moratória: o primeiro, decorrente da crise cambial do último semestre de 2002, que causou enorme prejuízo à sociedade; o segundo, conseqüente da taxa de
juros praticadas pelo Bacen, que não estimula o comércio de varejo e, assim, as compras às indústrias, e o terceiro, a pressão exercida pelo Banco BBM S/A que, detentor de garantia real, preferiu dela renunciar para requerer a falência, com conseqüências ruinosas.

A Metron, que é certificada ISO-9001 e detém prêmios de destaque, inclusive como Empresa do Ano em Desktops, tendo figurado como líder do setor em 2001 e 2002, aparecendo no INFO 200 da Revista Exame em 20º lugar entre as maiores empresas de computação, teve faturamento de cerca de R$ 400 milhões em 2002, com a produção de 200 mil computadores.

Embora a expectativa em 2003 seja menor, devido a esses fatores, a empresa espera alavancar suas vendas neste Natal, período sempre aquecido no setor de computação.

Conforme afirma Cássio Fernandes Augusto, diretor comercial e de marketing, a empresa vai enxugar seus números de modo geral e vai continuar a consolidar as atuais alianças e a buscar novos parceiros comerciais e investidores, projeto esse que não será interrompido pelo pedido de concordata.

A Metron tem como seus maiores clientes a Globex - Ponto Frio, Casas Bahia, Extra Eletro, Makro, Wal-Mart, entre outros, e como principais fornecedores a Microsoft, Sony, Specteck/Mícron, SND, United Assessories, Mundial, dentre outros.

Sobre o processo de concordata, ainda segundo Jeremias Alves Pereira Filho, a empresa requereu prazo para proceder a uma auditoria externa em suas contas, a fim de instruir o pedido de moratória com balanço especial contendo detalhadamente seu ativo e seu passivo.

Informa Pereira Filho que a Metron detém marca de grande aceitação no mercado, possuindo laudo de avaliação desse bem em cerca de R$ 50 milhões, o que já constitui considerável garantia de seu passivo, ainda a ser levantado.

 

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