NOVA YORK - Navegar pela internet
tornou-se uma obsessão para muitos
norte-americanos.
Com a maioria dos adultos no país
sentindo que não pode ficar uma semana
sem se conectar, uma em cada três
pessoas abre mão dos amigos e da vida
sexual pela web.
Uma pesquisa ouviu 1.011 adultos nos
Estados Unidos sobre quanto tempo eles
ficavam bem sem entrar na internet: 15
por cento responderam um dia ou menos;
21 por cento afirmaram dois dias; e 19
por cento disseram alguns dias.
Apenas um quinto dos entrevistados
que participaram da pesquisa online,
conduzida pela agência de publicidade
JWT entre 7 e 11 de setembro, disseram
que podem ficar uma semana sem se
conectar.
"As pessoas nos disseram quão
ansiosas, isoladas e entediadas elas se
sentem quando são forçadas a ficar
offline", disse Ann Mack, diretora de
análise de tendências da JWT, que
conduziu a análise para ver como a
tecnologia estava mudando o
comportamento das pessoas.
"Elas se sentem desconectadas do
mundo, dos amigos e da família", relatou
Mack à Reuters.
A pesquisa descobriu que o uso de
telefones celulares e de Internet está
se tornando cada vez mais uma parte
essencial da vida dos norte-americanos,
com 48 por cento dos entrevistados
concordando sentir que algo importante
falta quando não há acesso à Web.
Mais de um quarto --ou 28 por cento--
admitiu gastar menos tempo se
relacionando pessoalmente com outros
indivíduos por conta do tempo que
passavam na frente do computador,
conectados.
O levantamento também mostrou que uma
parcela de 20 por cento diminuiu a
atividade sexual por causa da Internet.
Celulares superaram a televisão
quando os entrevistados responderam qual
aparelho as pessoas não podem ficar sem.
E a Internet superou todos os
candidatos, sendo considerada como o
item mais indispensável para as pessoas.
"(A Internet) está abrindo caminho
entre as atividades offline, sexo,
relacionamentos cara a cara e entre o
tempo que as pessoas passavam vendo TV e
lendo jornais e revistas. Está
conseguindo seu espaço", disse Mack.
"Eu não creio que os parceiros
(dessas pessoas) estão muito felizes com
isso", acrescentou.