E-tag, a etiqueta inteligente que fala demais

A codificação eletrônica de produtos por meio de uma etiqueta com chip representa um avanço no atendimento ao cliente e em logística de mercadorias. Mas cria também novos problemas de segurança.

José Luis Amâncio

Nos últimos anos pudemos observar uma série de progressos no gerenciamento e logística de mercadorias e produtos, dos quais o código de barras é a tecnologia mais usada atualmente.

Entre as novas tecnologias, se destaca a EPC (Eletronic Product Code – codificação eletrônica de produtos), já sendo implementada. Nos próximos anos a EPC terá uma escala muito maior e poderá mudar a maneira como produtos são comercializados e gerenciados.

Uma das vertentes do EPC é a E-tag (Eletronic Tag – etiqueta eletrônica), basicamente uma etiqueta tradicional composta de um microchip contendo o código e outras informações sobre o produto, além de uma antena de radio freqüência que utiliza a tecnologia de RFID (Radio Frequency IDentification – Identificação por Rádio Freqüência) para transmitir estas informações para leitores de código.

A transmissão possibilita o gerenciamento de produtos sem que sejam manipulados fisicamente. A solução poupa tempo, agiliza a cadeia produtiva e de consumo e proporciona maior segurança e controle físico sobre os produtos.

Entre as aplicações práticas para a E-tag podemos citar:

Identificação automática de produtos: não é preciso abrir uma caixa para fazer a identificação, seleção, contagem e catalogação dos produtos. Além disso, o consumidor poderá passar direto com o carrinho pelo caixa de uma loja e o conteúdo será registrado automaticamente. Menos filas e menos tempo de atendimento.

Segurança e controle de fluxo de produtos: um maior controle do fluxo de produtos poderá ser efetuado reduzindo riscos de roubos, perdas de mercadorias ou acesso não autorizado para as mesmas.

Rastreamento e logística de produtos e mercadorias: acompanhar o fluxo de produtos e mercadorias se torna muito mais fácil, de modo a aproveitar os benefícios que esta informação pode trazer. Outra facilidade é determinar estoques mínimos e períodos de reposição dos produtos, em livrarias, bibliotecas, arquivos de documentos empresariais, supermercados, megastores...

Informações médicas e pessoais: o paciente chega ao hospital e o médico, por meio de um leitor em seu cartão do plano de saúde, revê todo o histórico segundos antes do início da consulta. Você chega em uma academia de ginástica os aparelhos que irá usar estão preparados para você. Você chega ao restaurante que costuma freqüentar e sua mesa e drink favoritos são preparados sem que diga uma só palavra.

Entretanto, toda nova tecnologia sempre traz preocupações com o uso inadequado que poderá despertar. No caso do E-tag, alguns possíveis problemas chamam a atenção:

Privacidade: qualquer pessoa com um leitor de RFID poderia saber o que outra tem em uma sacola ou no porta-malas do carro.

Segurança: pessoas fora de um armazém ou residência poderiam saber exatamente o que há lá dentro e utilizar tais informações com finalidades criminosas.

Estão sendo projetadas umas séries de alternativas para gerenciar possíveis problemas deste tipo.

O mais importante é que temos à disposição, cada vez mais rapidamente, tecnologias que antes só poderiam ser vistas em filmes de ficção. Devemos pensar em utilizá-las bem para tornar o nosso dia-a-dia cada vez melhor e com mais qualidade de vida. Boa sorte e sucesso. [Webinsider]


 

 

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