Dicas para a foto digital sair bem no papel

Um senão da fotografia digital é a dificuldade em obter fotos impressas com a qualidade das fotos tradicionais. Novas impressoras já dão conta do recado, mas sua câmera antiga talvez não.

Carlos Nepomuceno

Foi assim de repente. Minha filha de seis anos ia se formar na classe de alfabetização. E com um jeitinho manso veio falar comigo:

"Pai, eu queria que você tirasse fotos da minha formatura".

"Claro, minha filha, pode contar comigo!"

"Mas, pai, eu queria que você tirasse fotos de verdade"!

"Como assim, de verdade?"

"Ué, dessas que a gente pode ver na mão. Não quero aquelas do computador, não!".

"Ok, filhinha, assim será".

E assim foi. Usei a máquina tradicional, pois a minha digital, já antiga, não tem resolução, nem espaço de memória suficiente para garantir boa qualidade de impressão.

Depois, pensando sobre o assunto, resolvi criar um CD contendo todas as "fotos de mentira" que já tirei até hoje. Separei por temas e distribui para toda a família. Pretendo renovar o CD a cada ano. É a chamada democratização das imagens.

Mesmo assim, há uma certa frustração no ar. Todos querem manipular mais as imagens, principalmente em papel.

Uma onda de oportunidades surge no horizonte: imprimir em papel especial, comprar a impressora própria, mandar os arquivos para impressão nas lojas de fotografia, já com preços razoáveis para o serviço.

Para obter fotos de verdade, porém, existem problemas a serem superados antes de comprar ou trocar de câmera. As imagens para impressão no tamanho 15X21 pedem equipamentos de melhor resolução - no mínimo 3 megapixels - e cartões de memória robustos.

Assim, na pesquisa que antecede a compra não deixe de perguntar pelo tamanho do cartão que acompanha a máquina e a respectiva capacidade máxima de expansão.

Sugiro, ainda, a leitura de alguns livros. Comece pelo recém-lançado de Julio Preuss, "Fotografia Digital - da compra da câmera à impressão das fotos", da editora Axcel.

Ilustrada, a publicação apresenta, por exemplo, uma boa tabela comparativa entre a capacidade de megapixels dos aparelhos, o tamanho dos arquivos e impressões possíveis.

Eis o resumo de algumas dicas básicas, mas fundamentais.

– Procure, de preferência, o flash mais afastado da lente, para evitar a distorção dos olhos vermelhos nas imagens;

– Verifique o número do campo de ação do flash, pois quanto maior melhor;

– Não se deixe enganar pelo discurso dos vendedores, que falam maravilhas do zoom digital. Ele "apenas redimensiona uma imagem aumentando o tamanho dos pixels que a compõem, usando técnicas de interpolação para que o resultado não fique muito ruim. É quase como abrir a foto em um programa de manipulação de imagens e aumentá-la: o resultado nunca será igual a uma imagem capturada originalmente com uma aproximação maior".

Ou seja, o zoom ótico é o que realmente importa.

– Para quem utiliza recarregador de pilhas, opte pelas novas de níquel-metal-hidreto (NiMh), mais eficientes do que as mais conhecidas de níquel-cádmio (NiCd).

Por fim, dica minha, para quem precisar o retoque no computador, recomendo os livros "Adobe Photoshop Elements - introdução à fotografia digital, de Philip Andrews". E "Adobe Photoshop 7", de Edson Tanaka, ambos da Campus.

Quem sabe se todo esse aparato não ajuda você não a tirar fotos de verdade? [Webinsider]


 

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