Após 17 anos sem salário, francês vence na justiça

O cozinheiro francês Philippe Pitiot, que trabalhou durante 17 anos em condições de escravo, sem salário e sem férias, ganhou na justiça um processo contra seus antigos empregadores, que terão de pagar 70,742 mil euros (US$ 92,674 mil) por seus últimos cinco anos de serviço.

O tribunal trabalhista de Annonay só não considerou este caso um crime porque escravidão implicaria mais de cinco anos de trabalho não remunerado. Sendo assim, decidiu calcular o que os patrões do cozinheiro lhe devem por todo o tempo de trabalho.

"No início, estava disposto a fazer algumas concessões porque o casal (proprietário do estabelecimento) tinha grandes problemas financeiros", explicou Pitiot, 42 anos, contando que, quando foi contratado em 1987, recebeu um salário pelos primeiros cinco meses. Depois, sua chefe, Genevieve Arnaud, prometeu pagar os atrasados, mas nunca cumpriu o combinado, limitando-se a dar-lhe alojamento, alimentação e algumas roupas de vez em quando.

Em abril do ano passado, Arnaud e seu marido venderam o hotel e foram passar férias na Espanha. "Quando voltaram, me trouxeram um maço de cigarros e uma camiseta, mas eu queria que eles me pagassem", disse Pitiot.

Quando o novo proprietário soube, colocou Pitiot em contato com um advogado que, imediatamente, levou o caso à justiça. "No começo, eu não acreditava. Mas quando vi as provas, notei que o haviam tratado como uma pessoa muito ingênua", comentou o advogado do cozinheiro, Dominique Chambon.

O advogado do casal, Jean Michel Drevon, alega que seu cliente estava em dia com o cozinheiro e que ficou surpreso com a acusação. "Por que ele não fez nada antes se não estava satisfeito?", protestou o casal.
 
AFP

 

 
 

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