Computadores teriam limite de velocidade

Se existe um dogma de fé na ciência da computação, é que tudo pode ser cada vez mais rápido. No entanto, os cientistas afirmam que descobriram um aparente limite que restringirá a velocidade de gravação de informação em discos e sua posterior recuperação.

A boa notícia é que este limite é cerca de mil vezes maior do que os dispositivos de armazenamento de informação de vanguarda atuais.

Quando os dados são armazenados nos discos, regiões minúsculas que formam cada bit de informação são magnetizadas numa direção ou na oposta, para representar um 0 ou um 1.

Para voltar a ler a informação é preciso enviar um pulso electromagnético que reverte a forma em que estão selecionados os bits. Ao acelerar-se o pulso, se reduz o tempo necessário para armazenar ou recuperar a informação.

Mas se os pulsos se produzem de forma muito rápida e intensa, a energia elevada faz com que alguns dos pulsos magnéticos ocorram a esmo, em lugar de fazê-lo de forma previsível e confiável, segundo um grupo de pesquisadores que escreve na edição de hoje da revista Nature.

Os cientistas confirmaram este problema ao disparar o acelerador de partículas na Universidade de Stanford e bombardear elétrons numa peça do material magnético empregado para armazenar informação em computadores. Esses pulsos de energia viajaram quase à velocidade da luz e duraram só 2,3 milionésimos de milionésimo de segundo.

Os pesquisadores perceberam que os padrões magnéticos eram um pouco caóticos, um resultado inaceitável quando se trata de armazenar bits de dados com precisão.

O projeto foi encabeçado por pesquisadores em Stanford e incluiu um cientista do Instituto Landau de Física Teórica em Moscou e engenheiros do fabricante de discos rígidos Seagate Technologies LLC.

O grupo foi o primeiro a examinar a física do armazenamento de informação magnética empregando um acelerador de partículas, segundo C.H. Back da Universidade de Regensburg na Alemanha e Danilo Pescia, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia, os dois cientistas que não participaram nos experimentos.
 
AP

 

 

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