Vírus do resfriado pode curar câncer de pele

Cientistas australianos descobriram que o vírus de um simples resfriado pode curar o melanoma, uma grave variedade de câncer de pele. O anúncio foi feito hoje pela equipe da Universidade de Newcastle, responsável pelo estudo.

"Descobrimos que as células do melanoma podem ser destruídas ao serem infectadas com o vírus de um resfriado comum", declarou o professor Darren Shafren, chefe da pesquisa, cujos resultados foram publicados na edição de janeiro da revista da Associação Norte-Americana de Pesquisa sobre o Câncer.

"Consideramos que se trata de uma descoberta decisiva para o desenvolvimento do tratamento do melanoma, e estamos muito entusiasmados", acrescentou o cientista. "Os resultados obtidos com células humanas e em testes com animais têm sido muito positivos. Se conseguirmos chegar a resultados similares em testes com humanos, um tratamento poderá ser disponibilizado num prazo de um ou dois anos", informou.

O processo de tratamento consiste em injetar o vírus do resfriado no local em que se encontra o melanoma. Ao desenvolver-se, o vírus destrói as células cancerosas. Em poucas semanas, o tamanho do melanoma vai diminuindo até desaparecer explicou Shafren. "Depois, em uma fase secundária, esperamos que o vírus circule no corpo para detectar e destruir outros possíveis melanomas que não puderam ser detectados antes", conta o cientista.

O professor Darren Shafren acredita que o tratamento será testado primeiramente em pacientes em estado terminal. Para ele o tratamento poderia estar disponível em um prazo mais curto, mas é preciso levar em consideração as autorizações necessárias para a distribuição de um novo medicamento.

A descoberta representa uma nova esperança para a Austrália, país no qual a incidência de câncer de pele é particularmente alta e onde a doença causa uma média de mil mortes por ano. "Se trata de um tratamento com um vírus comum, não com um remédio manufaturado ou com um vírus geneticamente modificado", destacou o cientista.

A descoberta foi o resultado de quatro anos de pesquisas do departamento de virologia da Universidade de Newcastle, a 150 km ao norte de Sydney.
 
AFP

 

 

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