Salmão de viveiro apresenta mais riscos de câncer

O índice de contaminantes cancerígenos seria maior no salmão criado em cativeiro do que no salmão selvagem, segundo cientistas americanos e canadenses cujos trabalhos aparecem na mais recente edição da revista Science.

Esta pesquisa, coordenada pela State University de Nova York, em Albany, é a mais representativa e a mais completa realizada até o presente, segundo seus autores. Seus resultados informam sobre uma concentração de substâncias cancerígenas que implica que os consumidores devem reduzir significativamente a alimentação com esse pescado.

"Na maioria dos casos, consumir mais de 200 gramas, numa média mensal, desse pescado apresenta riscos cancerígenos inaceitáveis", segundo um comunicado da universidade americana.

Por sua parte, o salmão selvagem pode ser consumido oito vezes mais freqüentemente, segundo o estudo. O salmão preparado em restaurantes ou vendido em supermercados na América e na Europa procede, em sua maioria, de criações em viveiros.

Os autores do estudo, sete cientistas especializados em toxicologia, biologia e estatísticas, analisaram filetes de 700 salmões de viveiros e salmões selvagens procedentes de oito das maiores regiões produtoras e comprados em comércios de várias cidades da Europa e da América do Norte.

As análises demonstraram que o salmão de criadouro procedente da Europa está, de maneira geral, mais contaminado do que o procedente da América do Norte e da América do Sul. "Mas até o salmão de criação procedente do Chile ou do estado de Washington, que figuram entre os menos contaminados, apresentam uma taxa de PCB (Bifenil policlorinado), de dioxinas e de dieldrina superior à do salmão selvagem", indicam os cientistas.

O salmão de criação estaria contaminado por uma alimentação muito gordurosa, à base de farinha e azeite de peixe, e armazenaria os contaminantes em seu tecido adiposo. Em compensação, os salmões selvagens se alimentam de organismos aquáticos, pequenos peixes e krill.

Os autores da pesquisa recomendam aos consumidores que diminuam o consumo e exijam indicações claras nas etiquetas dos alimentos que permitam distinguir entre o salmão de criação e o selvagem e que informem o país de origem do produto.

Mais da metade do consumo mundial de salmão procede de viveiros e as principais zonas de produção são a Europa do Norte, o Chile, o Canadá e os Estados Unidos.
 
AFP

 

 

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