Polêmica na Amazônia


Juliana Tiraboschi

No final de setembro ambientalistas foram surpreendidos com a notícia de que o Banco Mundial (Bird) aprovou um financiamento de US$ 30 milhões ao Grupo André Maggi (AMaggi) para expandir a produção de soja no leste do Mato Grosso, em região que faz parte da floresta amazônica.

O problema é que James Wolfensohn, presidente do Bird, havia garantido uma avaliação detalhada do impacto ambiental que a expansão da soja acarretaria, mas dois dias depois o financiamento foi aprovado sem que nenhum estudo fosse apresentado.

Alerta
Apesar do conselho da Corporação Internacional de Finanças (IFC) - braço do Bird que aprovou a liberação do dinheiro - considerar que o empreendimento é de "médio risco ambiental", o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS), que foi consultado pelo IFC, teme que o fato possa abrir caminho para a exploração do agronegócio em áreas de transição da floresta.

Diante das críticas o IFC argumentou que o dinheiro seria destinado ao financiamento de produtores de soja que vendem o produto para a AMaggi, e não à ampliação da área de cultivo.

Dúvida
O Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa) estuda, entre outros fenômenos, os impactos do desmatamento na região. Já se sabe que quando a floresta é substituída por pastagem, a temperatura aumenta e a umidade cai.

Ainda não foi provado que plantações afetem o regime de chuvas e clima amazônicos, mas análises indicam um possível prolongamento da estação seca, que prejudicaria a floresta úmida.

Saiba mais em
www.inpa. gov.br; www.amazonia. org.br
www. fboms.org.br

 

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