Brasil anuncia técnica que aumenta memória de PCs
 


Um grupo de pesquisadores do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) anunciou, em São Carlos, um novo processo e uma nova formulação de chip capazes de aumentar em 250 vezes a memória dos computadores. A novidade é importante porque poderá trazer grandes benefícios para os consumidores e para os rumos da indústria da informática e eletroeletrônica no âmbito nacional e, quem sabe, internacional.

No Brasil, a produção de semicondutores, componentes essenciais para o funcionamento de todo tipo de equipamento eletrônico, é um dos quatro pontos das diretrizes da política industrial do país, anunciadas pelo governo federal em novembro e que devem ser confirmadas agora em março.

Esses produtos são fabricados com silício e formam os famosos chips e demais dispositivos que, por sua vez, compõem os circuitos integrados e fazem o processamento e a guarda das informações de qualquer microprocessador, esteja ele na caixa eletrônica do banco, nos telefones celulares, no sistema de injeção de combustível de um carro, na TV ou nos computadores.

Os semicondutores estão, portanto, cotados para receber, ao lado de softwares, fármacos e bens de capital, incentivos governamentais e empresariais para um novo impulso de desenvolvimento. Até agora, a discussão sobre a produção desses componentes no Brasil se baseia, principalmente, na importação de tecnologia, com a montagem de fábricas aqui. Com essa perspectiva, a novidade anunciada em São Carlos pode esquentar o debate sobre a produção de semicondutores no país.

Para chegar aos novos materiais que podem servir a uma nova geração de memória computacional, os pesquisadores do CMDMC, um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela Fapesp, desenvolveram um processo simples e barato de deposição química com um forno de microondas caseiro que já rendeu o registro de uma patente. Também construíram um eletrodo (elemento condutor de carga elétrica) que poderá substituir a platina nos circuitos integrados. Todas essas conquistas já são alvo do interesse de uma empresa multinacional, cujo nome os pesquisadores envolvidos na negociação preferem não revelar.
 Revista Pesquisa Fapesp

 

 

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