Cigarro menos nocivo deve ser vendido em 2004
 


Metade dos 250 pesquisadores da British American Tobacco (BAT) está debruçada em estudos para conseguir desenvolver um cigarro menos nocivo à saúde. Se tudo caminhar dentro dos planos, o produto estará no mercado no ano que vem.

O aumento do comércio ilegal de cigarros - no Brasil, os produtos falsos já representam um terço dos 142,6 bilhões de cigarros vendidos anualmente - e as maciças campanhas publicitárias alertando o consumidor sobre os males do fumo à saúde levaram a uma gradativa perda de participação da multinacional no mercado global de cigarros. No Brasil, nos últimos dez anos, a Souza Cruz perdeu mais de 20 pontos em market share: caiu de 80% para menos de 60% nos dias de hoje.

"Fumar é prazeroso. Mas é um perigo para a saúde. Estamos pesquisando de que forma poderemos ter um cigarro menos nocivo à saúde. É impossível, no entanto, se chegar a um cigarro seguro. O que estamos estudando é o lançamento de um cigarro com menos toxinas", disse Christopher Proctor, chefe do Departamento de Ciência e Regulamentação da BAT, de Londres, durante o VI Seminário Internacional realizado em San Carlos de Bariloche, na Argentina.

Na América Latina, onde o consumo de cigarros bateu na casa dos 303,8 bilhões no ano passado - 6% do consumo mundial -, 58,6 bilhões saíram de fábricas que falsificam os produtos originais, quantidade que representa mais do que o consumo anual de cigarros na Espanha. Nos últimos dez anos, o número de fábricas que falsificam cigarros instaladas no Uruguai e no Paraguai deu um salto gigantesco.

Em 1993, as cinco fábricas que funcionavam no Uruguai e no Paraguai produziam 5 bilhões de cigarros por ano. Este ano, já são 33 fabricas concentradas nesses dois países, com capacidade de produção de 100 bilhões de cigarros, para um consumo local de 7 bilhões de cigarros ao ano. Ou seja: mais de 90% da capacidade de produção está direcionada a exportação.

Por ser um negócio ilegal, os números sobre a falsificação e o contrabando de cigarros são de difícil mensuração. O presidente do Instituto Etco, Emerson Kapaz, estima que nos setores de bebida, cigarros e de combustíveis há uma perda anual de R$ 6 bilhões em impostos indiretos que não são arrecadados. "A pirataria e o contrabando acabam criando um estado paralelo ilegal, onde impera a corrupção. E a porta de entrada do narcotráfico", disse.
 
Investnews - Gazeta Mercantil


 

 

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