Vendas de PCs não devem se recuperar no ano

As vendas de computadores pessoais no Brasil devem ficar estagnadas este ano em relação a 2002, afetadas por forte retração no primeiro semestre, segundo projeções da empresa de pesquisa IDC. Em 2003, a IDC espera vendas de 3 milhões de computadores pessoais no Brasil, praticamente o mesmo desempenho de 2002, que já tinha sofrido retração de oito por cento em relação a 2001.

No primeiro semestre do ano, as vendas de PCs (de mesa e notebooks) recuaram 12,6% em relação aos primeiros seis meses de 2002, para 1,44 milhão de computadores.

"O governo não comprou nada no primeiro semestre, as grandes e médias empresas adiaram investimentos e o mercado doméstico está sem dinheiro", explicou o gerente de pesquisa da IDC Brasil, Ivair Rodrigues. Outro instituto de pesquisa do mercado de tecnologia, o Gartner, também percebeu uma retração no mercado brasileiro no semestre, mas com uma intensidade menor: queda de cerca de sete por cento.

"Bolsões de demanda de PCs no segmento profissional estão ajudando as vendas, mas crédito insuficiente e altas taxas de juros estão prejudicando os investimentos em TI (Tecnologia da Informação)", afirmou o diretor de pesquisa para plataformas computacionais do Gartner na América Latina, Luis Anavitarte, em nota divulgada na semana passada.

Para o segundo semestre, a expectativa é que haja uma melhora, com o fim das incertezas sobre a reforma tributária e a da Previdência, redução da taxa de juros e estabilidade do dólar, disse Rodrigues, do IDC.

Um fator positivo para o mercado, é uma recuperação da Argentina, principal destino brasileiro de exportações de computadores pessoais. "O mercado argentino começou a comprar no segundo trimestre depois de muito tempo. Ele está crescendo bastante", disse o analista do IDC. Conforme dados do Gartner, o mercado argentino de PCs cresceu 236% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Para 2004, segundo o IDC, a previsão é de aumento de um dígito nas vendas de computadores em relação a este ano. "Não devemos esperar grandes crescimentos como houve nos anos de 1990, quando o mercado cresceu 20% em média", disse Rodrigues.

 Reuters

 

 

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