Homem faz fortuna com antenas de TV na era digital

Comprar uma antena para uma TV de alta definição parece ser tão fora de época como usar um telefone com discagem por disco. Mas nos Estados Unidos, consumidores gastam milhares de dólares em TVs LCD ou de plasma, e engancham os caros equipamentos em antenas de US$ 50 não muito diferentes daquelas que o avô tinha em cima da caixa de imagens preto-e-branco que ele chamava de televisão. E um homem vê seu negócio - fabricar antenas - prosperar, em plena era digital: sua previsão é de que o faturamento dobre já em 2007.

Os canais locais de TV, transmitidos em alta-definição pelo ar, oferecem qualidade de imagem superior aos sinais frequentemente comprimidos enviados pelas companhias de TV via satélite. A melhor parte? Transmissões HD pelo ar são gratuitas. "Uma tecnologia de oitenta anos de idade está sendo redesenhada para oferecer a melhor qualidade de imagem", constata Richard Schneider, presidente da Antennas Direct. "É uma ironia interessante", disse ele em entrevista à agência Associated Press.

Há alguns anos, Schneider iniciou um pequeno negócio em sua casa, vendendo antenas que transportava em sua caminhonete. Agora, a Eureka, baseada no Estado do Missouri, tem sete funcionários e faturou US$ 1,4 milhão em 2006, número que deve dobrar este ano. "As pessoas acharam que eu estava doido. Riam de mim quando eu contava que estava começando uma empresa de antenas", contou ele.

Antes de existirem os cabos e satélites, as pessoas dependiam de antenas para receber os sinais analógicos das torres de transmissão das estações de TV locais. Os sinais analógicos continuam a ser enviados pelas estações, mais a maioria delas, agora, também transmite os sinais digitais em HD - o Congresso norte-americano deu às emissoras até o dia 17 de fevereiro de 2009 para não transmitirem mais os sinais analógicos no velho estilo.

Os consumidores que conseguem captar o sinal digital com uma antena terão excelente qualidade de imagem, confirma Steve Wilson, um dos principais analistas de eletrônicos de consumo na ABI Research. Mas, salienta Dale Crips, fundador da HDTV Magazine: "Você pega o sinal ou não pega, depende de onde você está. Algumas pessoas conseguem receber sinais digitais com antes do tipo espinha de peixe, outras não".

 

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