Troca de músicas e filmes pela Internet é discutida na Suprema Corte dos EUA

da France Presse, nos Estados Unidos

A Suprema Corte norte-americana, em Washington, começou a analisar nesta terça-feira o caso "Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) versus Grokster", confronto que envolve 28 empresas fotográficas e estúdios cinematográficos contra o Grokster e Morpheus, duas páginas que possibilitam a troca de arquivos virtuais entre internautas.

Esses sites de redes P2P (peer-to-peer) são acusados, por empresas que detêm os direitos autorais de músicas e filmes, de abrir espaço para a pirataria e a violação de seus direitos.

Estudado por nove juízes, a decisão que será tomada em junho envolve duas implicações. A mais explícita delas é a luta contra a pirataria digital, enquanto a outra envolve os investimentos em novas tecnologias por parte dessas empresas de entretenimento.

Durante manifestação em frente ao prédio da corte, partidários de Hollywood, das grandes empresas fonográficas e dos artistas que vivem dos direitos autorais exibiam cartazes com inscrições como "Comida para um músico". Em outras, lia-se "Não toque no meu iPod", em alusão ao popular toca-MP3 da Apple.

Donald Verilli, que defende os interesses das grandes companhias fonográficas e dos estúdios de cinema, acusou as empresas de redes P2P de enriquecer com o roubo de material protegido por direitos autorais.

Segundo ele, autorizar o Grokster e companhias similares a continuar com suas atividades representa dar "luz verde" à troca ilegal de música e filmes.

"A indústria fonográfica perdeu 25% de seus lucros desde que esses sites de troca passaram a existir", disse Varilli aos juízes.

Para Richard Taranto, advogado dos acusados e de uma ampla coalizão de empresas de alta tecnologia, os nove magistrados deverão reviver o julgamento, realizado há 21 anos na mesma Suprema Corte, que ficou conhecido como "caso Betamax".

Na época, os estúdios Universal condenavam a tecnologia do videocassete Sony como uma porta aberta para a pirataria de vídeo. A Corte acabou por decidir que a utilização dos reprodutores de fitas de vídeo não era responsabilidade do fabricante.

A Suprema Corte concluiu que o videocassete Betamax permitia outros usos totalmente legais, como a gravação com fins particulares. A ironia neste caso é que a Sony, que adquiriu a MGM em 2004, encontra-se atualmente entre as empresas de acusação.

 

 
 

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