Rio lidera crescimento da banda larga

RIO - O Rio de Janeiro deverá ser o primeiro Estado com banda larga disponível em todas as cidades.

A meta é integrar ao processo, até setembro deste ano, seis dos dez municípios da Baixada Fluminense: Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita e Queimados.

Os quatro municípios restantes da região - Japeri, Paracambi, Magé e Guapimirim - deverão estar com conexão à internet banda larga até o final de dezembro.

A informação foi dada hoje à Agência Brasil pelo coordenador do projeto, o professor Franklin Dias Coelho, da Universidade Federal Fluminense (UFF), após participar do seminário Digital Cities, no Rio.

O projeto foi aprovado em novembro do ano passado pelo governador Sérgio Cabral Filho. Franklin recordou que a experiência começou na cidade de Piraí. A partir daí, foi elaborado todo o projeto de integração digital para os 92 municípios fluminenses. A expectativa é que ele esteja concluído até 2010.

Hoje, revelou Franklin, Piraí é um município cujos prédios públicos são totalmente cobertos com sistema digital sem fio. A rede da cidade tem 520 quilômetros quadrados e todas as áreas urbanas e rurais são cobertas.

“Todas as escolas têm laboratórios e ambientes virtuais de aprendizagem. Ou seja, não é apenas um lugar de acesso à internet. Mas é um lugar de produção de conteúdo, no qual os professores e os alunos interagem”, salientou o professor.

Um segundo município do estado do Rio - Rio das Flores – já iniciou o processo de digitalização e tem 70% de cobertura, a maior parte na área urbana.

“O caminho construído pela experiência de Piraí está sendo trabalhado agora para o estado todo”, disse o coordenador do projeto. Para tanto, o Rio de Janeiro foi dividido em 15 regiões.

Segundo Franklin, o processo de preparação das licitações de equipamentos para o primeiro módulo do projeto na Baixada Fluminense já está em andamento. “Toda a arquitetura de rede está desenhada e agora vamos caminhar para o processo de implantação mais completo.”

Num primeiro momento, informou ele, os investimentos estão sendo feitos pelo governo estadual. O custo estimado da implantação da internet banda larga nos seis municípios da Baixada é de R$ 3 milhões. Ainda não foram definidas, acrescentou o professor, as regiões que serão atendidas pelo projeto em 2009.

De acordo com Franklin, já há negociações para participação do governo federal no projeto. “Certamente há a intenção do governo federal de apoiar o projeto”. Essa parceria, assinalou, poderá começar neste ano.

Franklin destacou que o projeto Cidades Digitais é uma ação do estado do RJ, e não de governo. “Não pode ficar restrito a uma gestão”. Por ser estratégico, ressaltou, o projeto exige o envolvimento das prefeituras.

O professor da UFF salientou ainda que é preciso criar condições para o andamento do projeto. Entre elas, citou a gestão de rede, o desenvolvimento de conteúdo, a capacitação de professores e a integração com projetos pedagógicos nas escolas. “Ele não é um projeto tecnológico. A base é tecnológica. Mas ele é um projeto que cria uma nova dinâmica nas cidades”.

Na avaliação de Franklin, o recente acordo firmado entre o governo e as operadoras de telefonia fixa para instalação de backhauls, ou troncos de infra-estrutura de rede banda larga, em todos os municípios brasileiros, vai facilitar o processo. “O acordo é complementar e não tem a abrangência do projeto”.

A transformação do Rio de Janeiro no primeiro estado totalmente digitalizado do país é factível, disse Franklin.

Observou, porém, que a concretização dessa meta vai exigir capacidade operacional e agilidade do próprio estado. Não se trata, segundo o professor, de apenas digitalizar. “Mas fazer, principalmente, com que ele [Rio de Janeiro] se torne um estado inteligente”.

Agência Brasil

 

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