Consumidor deve tomar cuidado ao escolher câmera digital

Pedro Marques
Da Redação

As câmeras digitais caíram de vez no gosto do consumidor. Segundo estudo do instituto de pesquisas Gartner Dataquest, mais de 30 milhões de pessoas já tinham máquinas que tiram fotos digitais em 2002 nos Estados Unidos, o equivalente a 17% dos lares norte-americanos. O mesmo instituto estima que, em 2002, foram vendidas entre 8 milhões e 9,5 milhões de câmeras digitais naquele país.

No Brasil, não há pesquisas específicas, mas o mercado não tem o mesmo fôlego. A Kodak, uma das principais fabricantes, estima que em 2002 foram vendidas 120 mil câmeras no país, entre produtos trazidos por vias oficiais e equipamentos contrabandeados. Para o ano de 2003, a japonesa Sony faz uma avaliação parecida: 70 mil unidades serão vendidas no mercado oficial e outras 70 mil máquinas vão ser comercializadas pelo mercado paralelo.

Segundo Richard Ford, diretor de marketing e desenvolvimento de imagens digitais da Kodak na América Latina, "a tendência é de que o número de câmeras vendidas dobre a cada ano". Anderson Gracias, gerente de imagem digital da Sony Brasil, diz que o Brasil é bastante "atraente" para os fabricantes. "A chegada de novas marcas ao Brasil são sinais de que o mercado é promissor", diz. Quem mais se beneficia com esse movimento é o consumidor. "Hoje as máquinas estão mais baratas e fáceis de usar", diz Ford.

Apesar de os equipamentos serem mais acessíveis hoje em dia, o usuário precisa tomar alguns cuidados. Segundo Antônio Cezar Pereira, gerente de fotografia digital da T. Tanaka, empresa que representa a Nikon no país, as características técnicas "enganam muito" e escolher uma máquina pensando apenas no preço nem sempre é uma boa alternativa.

Resolução

"Quem compra uma câmera muito básica pode ter um equipamento obsoleto em seis meses", diz Gracias, da Sony. Essas máquinas, geralmente, não oferecem altas resoluções de imagem e são mais indicadas para quem quer publicar imagens na Internet ou então guardar as fotos no computador.

"Para imprimir fotos no tamanho 10 x 15 cm [tamanho padrão para uma foto], a câmera deve ter resolução de pelo menos 2 megapixels", afirma Pereira, da T. Tanaka. Ele sugere, no entanto, que o consumidor não se guie apenas pela resolução. "A qualidade de uma câmera não está diretamente relacionada com a resolução. Se você tirar fotos com dez máquinas diferentes, terá dez fotos diferentes", diz. Segundo ele, isso acontece por causa da qualidade dos componentes dos equipamentos, que varia de acordo com o fabricante.

E se ficou ruim?

Na opinião de Richard Ford, da Kodak, um item essencial é a tela de cristal líquido (LCD). Com o visor de LCD, o usuário pode conferir imediatamente se a foto tirada ficou do jeito que ele queria. Caso a imagem tenha ficado ruim, é possível apagá-la e bater outra foto. "O principal benefício é poder ver a foto na hora", diz. "Sem esse recurso, o usuário sai perdendo."

Zoom digital x zoom óptico

O zoom também é uma característica importante. De acordo com Gracias, da Sony, quem quer esse recurso "deve se preocupar com o zoom óptico". Ele explica que essa aproximação é obtida a partir das lentes da câmera, o que garante uma qualidade melhor nas fotos. "O zoom digital é conseguido por meio de um programa, prejudicando a imagem em casos onde o nível de aproximação é alto." Gracias, entretanto, ressalta que o zoom óptico encarece bem o custo do equipamento.

O filme acabou!

Outro ponto que precisa ser considerado é como a câmera armazena as imagens. Hoje, a maioria das máquinas usa memória interna para guardar as fotos. Gracias recomenda modelos que possam ter sua capacidade de armazenamento expandida com cartões de memórias externos. "Sem esse recurso, o usuário fica limitado. É como ficar sem filme", diz. "O ideal é ter um cartão de 128 megabytes", complementa Pereira, da T. Tanaka.

Há três tipos de cartões de memória disponíveis: Compact Flash, Smart Media e o Memory Stick. As memórias Compact Flash e Smart Media são compatíveis com diversos modelos de câmeras digitais. Essa compatibilidade pesa na hora de trocar de câmera, pois, dependendo do modelo escolhido, pode ser preciso comprar um novo cartão de memória. Já o Memory Stick é fabricado pela Sony e só funciona com produtos desenvolvidos pela empresa japonesa.

Comparar sempre

A principal recomendação de Pereira, porém, não tem muito a ver com as características das câmeras. Para o gerente da T. Tanaka, "o ideal é testar" vários equipamentos. "Compare vários resultados", diz. Segundo ele, essa é a melhor maneira de o usuário ter certeza de que está levando para casa um produto que vai atender as suas necessidades. E Gracias dá uma última sugestão: "Certifique-se de que existe garantia no país para o equipamento.


 

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