“Eu nunca quis ser humorista. Eu não
faço humor. Eu escrevo sobre meus
chifres e as pessoas se identificam com
isso”, iniciou Xico Sá. “Antes, eu era
apenas um homem que escrevia no jornal,
mas com a internet a minha mãe começou a
saber o que eu fazia. Isso é perigoso”,
completou ele, que mantém um blog e
coluna sobre relacionamentos e outros
temas no Yahoo!.
Para Rafinha Bastos,
a popularização da tecnologia abriu
espaço para que qualquer um possa expor
o seu talento. “A classes C e D estão
produzindo muito na internet hoje. Em
1999, quando eu comecei com a Página do
Rafinha, era dificílimo produzir um
vídeo. Hoje, em 15 minutos, a pessoa
grava um e com mais 15 edita e põe no
ar. Antes, quando não tinha YouTube, um
vídeo demorava 5 horas para ser baixado.
Eu fiquei milionário por causa disso”,
afirmou ele.
Corumbá também disse que começou de
forma despretensiosa. “Quando eu comecei
com o Galo Frito, ele era um projeto de
faculdade para fazer vídeos de
publicidade. Hoje, ganho dinheiro
fazendo besteiras e por meio de minha
parceria com o YouTube.” O primeiro
vídeo dele que bombou no YouTube foi
“Dancing Lula”, que mostra o
ex-presidente dançando uma música do
Daft Punk em um heliporto.
Para o blogueiro, o humor na rede deu
certo porque as pessoas estavam cansadas
do formato das piadas exibidas pela TV.
“Há 20 anos elas estavam assistindo a
mesma coisa no ‘Casseta & Planeta’, no
Faustão, as pegadinhas”, disse.
Como exemplo da penetração das mídias
sociais, Xico Sá usa o futebol. “Ontem,
durante o jogo do Brasil, nós estávamos
em uma sala acompanhando a partida pelo
Twitter.”
Por último, o escritor sacramentou.
“A rede social é o lugar onde as pessoas
vão para agradar às outras. Ninguém quer
ser um chato no mundo online”, disse
ele.
O Social Media Week é um evento que
discute o uso das mídias sociais na vida
pessoal e da empresas, e que acontece
simultâneamente em nove cidades: Nova
York, São Francisco, Roma, Londres,
Paris, Hong Kong, Toronto, Istambul e
São Paulo. O último dia do evento
acontece amanhã, na Fundação Armando
Álvares Penteado (Faap).
