EUA usam videogames como arma religiosa

da France Presse, em Nova York

Nos videogames cristãos que começam a fazer sucesso nos Estados Unidos, há heróis, combates (contra a preguiça e os pecados capitais) e conversões do inimigo --isso não significa, dizem seus criadores, que sua missão seja evangelizadora.

Em sua estrutura, estes jogos não diferem dos convencionais. O jogador conduz seu herói por um caminho repleto de dificuldades. A única novidade são as variáveis da equação.

Por exemplo, em "Catecúmeno" ("Catechumen") o jogador deve libertar seu mentor e seus irmãos cristãos presos por soldados romanos possuídos pelo demônio. O herói do jogo não mata os romanos, mas "abre seus olhos e os resgata da obscuridade e de Satã para que recebam o perdão por seus pecados", segundo sua sinopse.

Outro jogo, "Santos da Virtude" ("Saints of Virtue"), consiste em uma viagem "ao reino do coração" no qual é preciso derrotar inimigos --entre eles, os sete pecados capitais.

Em "Guerra eterna: sombras da luz" ("Eternal War: Shadows of Light"), os jogadores recebem de Deus a ordem de combater os demônios internos de um adolescente com tendências suicidas, enquanto "Horizontes Sinistros" ("Ominous Horizons") leva o herói para a Alemanha de 1455 para salvar da destruição a impressora de Guttenberg e sua primeira impressão da "Bíblia".

"Somos uma alternativa saudável", afirmou Ralph Bagley, fundador e presidente da N'Lightning Software Productions e porta-voz da Fundação de Criadores de Jogos Cristãos. "Há uma verdadeira fadiga do consumidor com a violência e o sexo que predominam em muitos dos videogames mais populares."

"Queremos algo sem o conteúdo violento e sexual, mas que também ensine alguns valores bíblicos e a história cristã. O que não queremos são jogos que imponham o ponto de vista cristão de uma pessoa a outras", afirmou.

Bagley gosta de comparar os videogames cristãos ao rock cristão, no qual ninguém apostava há alguns anos e que hoje "é o gênero musical que mais cresce" graças a um salto em sua "qualidade".

Embora o setor esteja em plena fase de desenvolvimento, alguns de seus líderes, como a empresa Digital Praise, estimam as vendas anuais de jogos cristãos de computador entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões.

Até o momento, dois dos jogos da companhia de Bagley, "Catechumen" e "Ominous Horizons", venderam 80 mil e 60 mil exemplares, respectivamente, e a empresa espera que as vendas deste entretenimento ganhem impulso no Natal.

 
 
 

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