A meditação entra na moda e conquista executivos e...

Assim como a psicanálise entrou na moda nos anos 70 e 80, quando nenhum intelectual que se prezasse escaparia do crivo de Freud, Lacan ou Jung, a meditação está virando uma ferramenta indispensável na busca do autoconhecimento e da felicidade. Até astros como Richard Gere e Madonna aderiram à prática. No Brasil, artistas, executivos, políticos e profissionais liberais já a utilizam como arma contra o stress. Nos três centros da Fundação Siddha Yoga, em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a procura por cursos aumentou 100% nos últimos cinco anos. No Instituto Nyingma do Rio, de budismo tibetano, houve um crescimento de adeptos de 20% em um ano. Até adolescentes começam a despertar para a busca do bem-estar. Na casa da atriz Julia Lemmertz, a filha Luiza, 15 anos, já segue os passos da mãe, que tem o hábito há 20 anos e já chegou a meditar até em avião e atrás de cenário de novela. “Consigo fazer tudo com mais clareza no meio da loucura e isso me ajuda a decorar os textos”, diz a atriz. Luiza fez o curso de meditação na férias de janeiro e não quer outra vida. Sai para o colégio às 7 horas, mas antecipa o despertador em uma hora para aquietar a mente. “É ótimo antes da aula. Dá um foco. Não fico mais nervosa nas provas”, comemora a garota.

A meditação é uma prática milenar utilizada não só pelos orientais há mais de cinco mil anos, mas também pelos povos indígenas do Ocidente. “A diferença é que o Oriente fez mais propaganda a respeito e manteve a prática”, informa o xamã e terapeuta Sthan Xannia, do Paz Geia – Instituto de Pesquisas Xamânicas, de São Paulo. Ele e seus adeptos praticam a meditação nativa que resulta da adaptação de práticas tradicionais de várias etnias. A meditação ganhou projeção no Ocidente principalmente quando celebridades como os Beatles, na década de 60, começaram a se interessar pelo assunto.Também cresceu com a propagação do budismo, a doutrina criada na Índia há cerca de 2.500 anos, pelo príncipe Sidarta Gautama, o Buda, que abandonou a realeza em busca de iluminação espiritual.

Independentemente da linha, religiosa ou não,
que a adote, ela é sempre um meio de entrar em contato consigo mesmo. Em quase todas as versões, consiste em se dedicar um tempo para aquietar-se, prestar atenção na respiração ou
criar imagens ou emoções agradáveis. A maioria adota um mantra, uma frase ou uma palavra a
ser repetida. Grande parte das práticas disponíveis no Brasil consta do livro O que é meditação (Ed. Nova Era), recém-lançado pela comerciante carioca Sandra Rosenfeld, 48 anos. Em pouco mais de 100 páginas, a autora discorre sobre como e por que meditar, de forma agradável e quase didática. “Comecei há dez anos e no início frequentei templos, mas hoje exercito sozinha, durante 40 minutos, quando acordo e antes
de dormir”, conta ela.

Ligação – Os locais mais procurados pelos brasileiros para a prática
da meditação são os centros de siddha yoga, de zen-budismo, de budismo tibetano e principalmente as sociedades de meditação transcendental, que não tem ligação com nenhuma religião e possuem centros em 150 países. A meditação transcendental é uma técnica sistematizada na Índia há 50 anos pelo mestre Maharishi Mahesh Yogi, físico e matemático que aos 85 anos vive na Holanda. A diferença
entre esta e outros métodos é que nela não se exige o controle dos pensamentos. “A técnica só se pode aprender pela prática e pela transmissão pessoal. Mas podemos dizer que não exige esforço”,
diz o suíço Markus Schuler, diretor da Sociedade Internacional de Meditação Transcendental de São Paulo. Para aprendê-la, entretanto, não é barato. O curso de uma semana custa em média R$ 1 mil. As técnicas tradicionais, em geral, são ministradas gratuitamente.

Os benefícios da meditação
Como meditar

Textos de: Leonel Rocha  e Rita Moraes

 

 

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