"Escambo" on-line ganha a internet em sites de troca

 
da Folha Online

O "escambo" on-line, uma idéia com muitos patrocinadores mas poucos bem-sucedidos, está emergindo como modelo na indústria de comércio eletrônico, segundo reportagem do "The New York Times".

Embora estes sites demorem a desafiar o Amazon.com ou o eBay, eles estão conquistando um nicho significativo dentro de um negócio que poderia ser altamente rentável, segundo o jornal.

Parece improvável, mas é verdade, de acordo com Billy McNair, chefe executivo do Peerflix, um serviço de troca de DVD baseado em Palo Alto, na Califórnia. Os 250 mil membros da companhia postam títulos de DVDs que eles querem trocar no site (peerflix.com), o qual facilita a troca fornecendo versões impressas aos membros, incluindo ofertas e endereços do receptor.

O jornal explica que as trocas não são diretas entre duas pessoas. Para cada DVD postado na biblioteca de alguém, a pessoa que enviou recebe um crédito de aquisição para outros títulos disponíveis na rede. O Peerflix também determina um valor relativo para um DVD, evitando que as pessoas troquem, por exemplo, um "Halloween 5" por uma versão restaurada de "Cidadão Kane".

Em troca do serviço, o Peerflix cobra de seus usuários US$ 1,50 para cada título que recebem. Dos quais, 51 centavos pagam o servidor e cobrem seus custos.

O site oferece 37 mil títulos de DVD e tem um inventário total de 225 mil cópias. Como comparação, o serviço de aluguel de DVD Netflix oferece 65 mil títulos. Os usuários trocam em torno de cinco DVDs por mês, segundo a reportagem.

CDs, livros e videogames

Outras redes de troca têm se popularizado em torno de CDs (LaLa.com), videogames (www.GameSwap.com) e livros (PaperBackSwap.com).

A La La Media, que opera o LaLa.com e também é baseada em Palo Alto, é outra nova queridinha do Vale do Silício, tendo crescido US$ 9 milhões desde que montou o seu negócio, em junho de 2005. De acordo com Bill Nguyen, um dos fundadores da companhia, o site construiu um inventário de 2 milhões de títulos desde o seu início, em março, e todos os dias seus membros adicionam 30 mil cópias à coleção.

"As pessoas estão começando a perceber que este é um jeito realmente bom de encontrar novas músicas", disse Nguyen. O La La cobra US$ 1 por troca --cerca de 75 centavos para postagem e demais custos. A companhia reserva 20 centavos para músicos que atuam no disco.

Segundo a reportagem, como o Peerflix, o La La investe pouco em marketing, deixando para que seus membros divulguem o site. A companhia, que tem 23 empregados, também gasta pouco em serviços ao cliente; os membros confiam no fórum do site para resolver qualquer problema, e o site tem uma política liberal de crédito para discos estragados. (Os membros simplesmente manda um e-mail ao site avisando que o disco está estragado, e eles enviam outro).

Trocar, comprar ou alugar?

Promissoras, estas empresas não representam ameaça algumas aos negócios da Netflix e da Amazon, dizem analistas. "Boa parte da audiência, na minha opinião, não está interessada em trocar, porque alugar e comprar se tornou muito fácil", afirmou Safa Rashtchy, analista de internet da firma de investimentos Piper Jaffray.

Gerenciadas por pequenos times de empreendedores, no entanto, estas companhias encorporam um tipo de ameaça econômica diferente que tem forçado estabelecimentos mais tradicionais a, pelo menos, revisar ou mesmo alterar seus planos de negócios.

Em livros, por exemplo; os membros do PaperBackSwap trocam 30 mil livros semanalmente por US$ 1,59 por exemplar, de acordo com Richard Pickering, um dos fundadores do site. "Vamos presenciar muito mais trocas no futuro", afirmou Pickering. "Estamos apenas começando."
 
 

Arquivo noticias>> clic

mais noticias do mês... clic

      


E-mail

Copyright© 1996/2006 -  ANO10 -  Netmarket  Internet  Brasil -   Todos os direitos reservados

Home