Carteiras "sem fio" aproximam-se da realidade nos EUA
 
Sinead Carew

Imagine poder pagar uma música em uma jukebox, fazer compras no mercado ou entrar em um estádio apenas passando seu celular por uma máquina receptora.

Conforme consumidores na Ásia e Europa utilizam seus telefones móveis cada vez mais para comprarem refrigerante e pagarem estacionamentos, o longamente discutido conceito de carteira "sem fio" começa a se tornar realidade nos Estados Unidos.

Em países como Suécia, Irlanda e Reino Unido, motoristas não precisam mais colocar moedas em parquímetros. Basta apenas enviar uma mensagem de texto pelo celular.

Cerca de 2 milhões de clientes da operadora celular japonesa NTT DoCoMo já podem usar seus aparelhos para fazerem compras em 20 mil estabelecimentos comerciais do país, como restaurantes e supermercados.

A DoCoMo, usada pelas operadoras celulares dos Estados Unidos como fonte de inspiração para novos serviços, também estuda formas para que seus usuários utilizem o celular em lugar de passagens de trem. Ela investe também em uma companhia de cartões de crédito como parte de uma aposta no comércio eletrônico móvel.

As companhias norte-americanas têm mantido silêncio sobre o comércio via telefone celular desde que a bolha das empresas de tecnologia estourou em 2000. Muitas ainda são céticas, mas algumas estão apoiando a idéia novamente em meio aos desdobramentos do setor em mercados internacionais.

"A discussão (sobre comércio móvel) tem mais validade agora. A tecnologia e os modelos de negócios estão evoluindo", disse Chris Bierbaum, executivo de desenvolvimento de negócios da terceira maior operadora dos EUA, Sprint.

A popularidade dos ringtones é um dos sinais de que os consumidores já estão prontos para usarem celulares para comprarem mais do que tons de chamadas. Gravadoras agora vêem o mundo sem fio como um mercado importante depois que os norte-americanos gastaram 223 milhões de dólares em ringtones no ano passado, segundo o Yankee Group.

E com celulares sendo fabricados com cada vez mais recursos, de câmeras de vídeo a sistemas de posicionamento global, em breve a indústria da música pode não ser a única a ver o segmento como um lucrativo mercado.

"Você vai ver cada vez mais empresas chegando a essa conclusão", afirma Peter Ritcher, vice-presidente financeiro da Cingular Wireless, maior operadora de telefonia móvel dos EUA.

A Motorola, segunda maior fabricante de celulares do mundo, está fazendo testes com a MasterCard e espera ter aparelhos que funcionem com a tecnologia de pagamento sem fio em 2006.

A fabricante norte-americana também está trabalhando com a Philips e outras companhias de tecnologia em um sistema que pode permitir aos usuários passarem seus celulares em um cartaz que contém um endereço da Internet. Com isso, seria possível fazer a compra do produto anunciado na hora.

O analista Adam Zawell, do Yankee Group, prevê que as transações de comércio eletrônico móvel somem 1,2 bilhão de dólares na Europa em 2009, alta em relação aos 243 milhões registrados em 2004. Enquanto isso, as transações na Ásia podem crescer para 1,7 bilhão de dólares daqui quatro anos, partindo de um patamar de 370 milhões de dólares registrado no ano passado.

"Se a tecnologia chegar a um ponto em que seja mais fácil usar o celular do que tirar dinheiro da carteira para pagar por um produto, então os consumidores vão adotá-la", disse Zawell.
 Reuters

 
 
 

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