Búlgaro inventa jogo de computador sobre política

ALFRED HERMIDA
da BBC, em Londres

O trabalho de um escritor tímido e recluso nascido na Bulgária pode parecer uma estranha fonte de inspiração para um jogo de computador.

Mas os trabalhos de Elias Canetti sobre a natureza do poder estão por trás de um complexo e ambicioso jogo chamado Republic: The Revolution (República: A Revolução, em português) que acaba de chegar às lojas na Grã-Bretanha.

Republic é um jogo de estratégia simulada que coloca você no papel de um jovem revolucionário, decidido a derrubar um regime despótico e corrupto.

Muito da inteligência artificial no jogo é baseada no livro Crowds and Power, que venceu o prêmio Nobel de Literatura de 1981.

Jogos políticos

O jogo acontece em um país fictício - Novistrana - supostamente uma das repúblicas autônomas surgidas com a desintegração da União Soviética.

O Estado está nas mãos de um ditador inescrupuloso e a sua tarefa é conseguir seguidores e derrubar o regime.

"Eu queria que o jogador sentisse como é ser um Che Guevara", explicou Demis Hassabis, criador de Republic.

O jogo combina gêneros tradicionais - elementos de jogos de estratégia online e simulações como SimCity.

Usando um programa de graficos especialmente desenvolvido para o jogo, os participantes observam paisagens detalhadas e aproximam com a zoom personagens individuais.

Levou quatro anos para cerca de 25 pessoas formularem o jogo.

Hassabis disse que muitas vezes sentiu que eles iriam fracassar.

Hassabis investiu muito no jogo, que é o primeiro de sua empresa, Elixir Studios.

Cenário complicado

Os criadores do jogo passaram muito tempo tentando descobrir como explicar indeologias políticas complexas para os jogadores.

As pesquisas feitas por Elias Canetti influenciaram o comportamento de multidões no jogo.

Algumas idéias tiveram que ser descartadas porque eram muito complicadas para um jogo de computador.

"Nós reduzimos para três formas de se vencer o jogo - força, dinheiro e influência", disse Hassabis. Os jogadores podem manipular, ameaçar, subornar ou difamar em seu caminho para o poder.

"Eu espero que não seja tão complicado a ponto de não interessar às pessoas", disse Canetti. "Eu espero que ele venda bem para que possamos desenvolvê-lo mais".

   

 

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