Vacinas antipólio contaminadas poderiam causar câncer

Um vírus de macaco que contaminou alguns lotes da vacina contra pólio nas décadas de 50 e 60 tinha o potencial de causar câncer, mas não há evidências suficientes para confirmar a hipótese, informou uma comissão de especialistas na terça-feira.
Estudos não parecem indicar que as pessoas vacinadas tiveram uma taxa maior de câncer, mas o vírus SV40 tem o potencial de danificar as células e torná-las cancerosas, informou a equipe do Instituto de Medicina, dos Estados Unidos.

Quando a vacina contra pólio foi desenvolvida, a fórmula foi cultivada em tecido retirado dos rins de macacos. Em 1960, pesquisadores verificaram que estes tecidos poderiam estar infectados pelo SV40, vírus até então desconhecido que provoca uma infecção comum e inofensiva em alguns macacos.

Cientistas agiram para removê-lo e, desde 1963, a vacina contra pólio não contém mais o vírus.

A pólio provoca paralisia e morte. A doença deixou milhares de crianças incapazes de respirar e dependentes de aparelhos. Em 1952, momento de maior incidência nos EUA, a pólio provocou mais de 20 mil casos de paralisia.

Graças à vacina, a doença foi considerada eliminada no ocidente em 1994. O trabalho para erradicação continua em algumas regiões da África e Ásia.

"Pesquisadores estimam que 10 a 30 por cento das vacinas contra pólio aplicadas em adultos e crianças, entre 1955 e 1963, estavam contaminadas pelo SV40, expondo cerca de 10 milhões e 30 milhões de norte-americanos ao vírus", informou o instituto.

Terra
 

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