SÃO PAULO
										A IBM vai fabricar chips com 
										dispositivos que se autoconstróem como 
										as conchas dos moluscos. 
										
										A empresa apresentou, nesta semana, 
										protótipos de processadores construídos 
										com a nova tecnologia, chamada de Airgap. 
										Eles empregam vácuo como isolante 
										elétrico, no lugar de óxido de silício e 
										outros materiais hoje usados nos chips.
										
										
										
										Como as propriedades isolantes do 
										vácuo são superiores às de qualquer 
										material, seu uso permite reduzir as 
										fugas de corrente elétrica. O resultado 
										pode ser uma melhora de 35% no 
										desempenho do processador, uma economia 
										de energia de 15% ou uma combinação 
										desses dois resultados, diz a IBM. 
										 
										
										A idéia do isolamento a vácuo não é 
										nova. Mas, até agora, ninguém havia 
										desenvolvido uma maneira viável de 
										implementar essa solução nos chips. A 
										IBM conseguiu isso por meio de 
										dispositivos que se autoconstróem. Eles 
										seguem os mesmos princípios do 
										crescimento de cristais que dá forma às 
										conchas dos caracóis e aos flocos de 
										neve.  
										
										O material autoconstrutivo usado pela 
										IBM é chamado de polímero dibloco. Por 
										meio de forças de atração e repulsão 
										entre moléculas, esse polímero cria 
										estruturas tubulares dentro do substrato 
										de silício do chip. Depois, essas 
										estruturas são removidas quimicamente, 
										deixando um espaço vazio, que funciona 
										como isolante.  
										
										A IBM planeja começar a fabricar 
										processadores com essa tecnologia em 
										2009. Ela também pretende empregá-la em 
										produtos de outras empresas com as quais 
										tem parcerias na área de semicondutores, 
										como AMD, Toshiba e Sony.