Criada lista negra anti-spam brasileira

Um estudante de Ciência da Computação lançou, há um mês, o Projeto ORBL (Open Relay Black List, ou Lista Negra de Open Relay), que está sendo divulgado como o primeiro MAPS (Mail Abuse Prevention System, ou Sistema de Prevenção de Abuso de E-mail) do Brasil.

Segundo a definição presente no site do projeto, trata-se de "um banco de dados que armazena endereços IP (Internet Protocol) de servidores de correio eletrônico mal configurados (open relays), os quais são, ou provavelmente serão, utilizados para o envio de mensagens não autorizadas (spam)". Os servidores com "relay aberto" permitem a autenticação de qualquer endereço de e-mail que passe por seu sistema e não apenas daqueles que fazem parte dos domínios gerenciados pelo servidor.

O site explica que "nos primeiros anos de operação da Internet, permitir relay de terceiros era necessário e aceito como maneira de rotear mensagens", mas que tal necessidade foi suplantada pelos avanços tecnológicos. Mesmo assim, muitos administradores continuam mantendo seus servidores com relay aberto, supondo estar colaborando para o "espírito cooperativo" da rede.

"O que eles não sabem, é que um open relay hoje cai na categoria arrumar sarna pra se coçar", define o texto, pois a facilidade de se utilizar servidores alheios para enviar e-mail é um prato cheio na mão de spammers que querem disfarçar a origem de suas mensagens não solicitadas.

Um dos principais objetivos do projeto é oferecer um suporte mais adequado do que o prestado por listas negras estrangeiras aos adminstradores de redes brasileiros, evitando situações comuns em que usuários são indevidamente bloqueados. De acordo com uma mensagem sobre o projeto postada hoje pela lista Dicas-L, da Unicamp, os sites estrangeiros de combate ao spam "não têm conhecimento de como são comercializados os produtos Internet em nosso país", e muitos deles chegam a "banir" injustamente classes inteiras de IPs, sem analisar cada caso.

A mesma mensagem informa que, inicialmente, o Projeto ORBL visa apenas o bloqueio de servidores com relay aberto, mas devido ao grande número de solicitações, em breve o serviço deverá aceitar também denúncias de spam propriamente.

No site do projeto não há o nome do estudante responsável pela iniciativa, mas InfoGuerra enviou um e-mail solicitando informações e acabou de receber a resposta. Quem está por trás do projeto é Jozenóbio de Melo Brasil, conhecido na Internet por Jozeph Brasil. Ele reside em Recife, estuda Ciência da Computação na Faculdade dos Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, e irá completar 22 anos na próxima semana.

"Não quis vincular o meu nome ao projeto por questões éticas, por isso optei pelo anonimato", explica Jozeph. "Não quero que as pessoas pensem que estou querendo me promover. O projeto é o projeto e eu sou eu, ambos caminham com o mesmo objetivo (combater o spam), mas com pernas diferentes, isto é, o projeto tem suas próprias pernas", ressalta.


 InfoGuerra

 

 

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