Medicamento pode ajudar pacientes com fenilcetonúria

Os pacientes afetados por um problema hereditário conhecido como fenilcetonúria geralmente precisam seguir uma dieta rigorosa, mas um novo estudo sugere que um medicamento poderia ajudar portadores da forma branda da doença.
Para um especialista em fenilcetonúria não envolvido no estudo, a droga teria um grande impacto na qualidade de vida de alguns pacientes, apesar de ainda não estar disponível nos Estados Unidos. "Vai redefinir como tratamos e diagnosticamos os afetados pelo problema", disse Stephen Cederbaum, chefe do departamento de genética clínica e professor de psiquiatria, pediatria e genética humana da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

"A maioria pode não experimentar alterações, mas uma minoria significativa pode ter uma grande mudança para melhor." Os afetados pelo mal apresentam níveis baixos ou deficiência de uma enzima necessária para a quebra de um componente da proteína fenilalanina. O acúmulo de fenilalanina pode ser tóxico para o tecido cerebral. A eliminação da proteína da dieta pode evitar danos cerebrais, por isso, os recém-nascidos são submetidos a exames para detectar a doença.

No estudo, o tratamento com a droga tetrahidrobiopterina reduziu significativamente os níveis de fenilalanina em mais de 80 por cento dos pacientes com fenilcetonúria, segundo artigo publicado na edição de 26 de dezembro do New England Journal of Medicine.

Não ficou claro o mecanismo de ação do medicamento, informou Ania Muntau, chefe da equipe, à Reuters Health. Sabe-se que a droga multiplica a eficiência da enzima que quebra a fenilalanina, disse Muntau, pesquisador da Universidade Ludwig Maximilians, em Munique, na Alemanha.

A droga também ajudou alguns pacientes com a forma mais grave de fenilcetonúria, mas não tanto como os afetados pela forma mais leve, disse Muntau. É possível que doses maiores tenham um impacto mais significativo.

Cerca de 1 em cada 10 mil bebês nascem com fenilcetonúria nos Estados Unidos, disse Cederbaum. Como os bebês são examinados logo após o nascimento, a fenilcetonúria não tem mais um impacto devastador, explicou o especialista. Antes da disponibilidade de exames de rotina, era comum que os pacientes acabassem tendo um QI baixo em consequência de danos provocados por altos níveis de fenilalanina, disse Cederbaum.

Terra
 

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