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       Crianças
      aprendem melhor com os recursos da informática 
        
      Editoras apostam no novo filão
      infantil e oferecem lançamentos 
       
      runo Henrique Campos Alves, de dois anos e sete meses, parece gente grande
      quando está na frente do computador. Apesar de não ter muita habilidade
      com o mouse, ele fica compenetrado quando está diante de uma tela. Ele já
      tinha tido contato com algumas ferramentas do computador, como o paint
      brush (ferramenta que possibilita desenhar e colorir), mas esta foi a
      primeira vez que utilizou um joguinho. Bruno "testou" para a
      Gazeta do Povo o software educativo da Positivo Informática Winnie The
      Pooh Maternal, destinado a crianças de dois a quatro anos. 
       
      A história do software faz a criança passear pelo Bosque dos Cem Acres
      tendo a companhia do urso Pooh e seus amiguinhos. O objetivo do software
      é reunir todos os personagens do bosque para que cada um deles possa
      trazer um presente para a festa de aniversário do burrinho Ió. 
       
      Bruno teve mais facilidade com a atividade Máquina de Sons do Tigrão, na
      qual a criança identifica os sons e os liga aos instrumentos. A atividade
      com que ele menos se identificou foi Organizando a Bagunça. Nesta etapa,
      a criança tem que colocar os objetos correspondentes dentro dos baús. O
      único senão é que, como o cenário do software é muito rico em
      detalhes, Bruno acabou se dispersando um pouco. 
       
      Vantagens 
      O ponto alto do software é que ele interage o tempo todo com a criança,
      fazendo elogios ou perguntando se quer continuar a brincadeira. Bruno
      respondia ao computador como se falasse com alguém e jogava com mais
      disposição quando recebia elogios. Outra vantagem é o desenvolvimento
      de algumas habilidades, como musicalidade, reconhecimento e ordenação de
      letras, raciocínio, atenção, memória, companheirismo e solidariedade. 
       
      Além de jogar, o software oferece folhas de atividade para impressão,
      com mini-adesivos, adesivos grandes, cartões personalizados e marcadores
      de livros. O software ainda oferece uma tabela de progresso, através da
      qual os pais podem acompanhar a porcentagem concluída do jogo e o tempo
      gasto (em minutos). Na Máquina de Sons do Tigrão, por exemplo, Bruno
      conseguiu 100% em apenas cinco minutos. 
       
      Uma outra vantagem é que o programa oferece três níveis de dificuldade.
      Um probleminha encontrado é que, se você tem proteção de tela
      instalada no computador, o jogo pode ficar lento ou até travar o
      equipamento e a criança poderá ter que voltar ao início da brincadeira. 
       
      Escolas 
      Muitas das crianças têm tido o primeiro acesso à tecnologia nas escolas
      onde estudam. Esta situação se confirmou com uma recente pesquisa da
      Fundação Getúlio Vargas – O Mapa da Exclusão Digital. O estudo
      mostrou que o número de alunos do ensino fundamental matriculados em
      escolas com computador cresceu de 10,8% em 1997 para 23,9% em 2001. A
      situação é melhor entre os alunos do ensino médio. Nesse grupo, 29,1%
      frequentavam colégios com laboratório de informática em 1997. O número
      cresceu para 55,9% em 2001. 
       
      Entre os estados que mais avançaram na informatização escolar, o Paraná
      ficou na segunda posição, onde 37,2% dos alunos da rede escolar tinham
      computador à disposição em 2001. 
       
      Um exemplo é o Berçário e Pré-escola Primeira Infância, que fica no
      bairro Cristo Rei. Há cerca de três anos, os alunos na faixa etária de
      quatro a seis anos usam a informática e os softwares infantis como um
      instrumento adicional para as aulas. Segundo a pedagoga da escola Viviane
      Carvalho Langer com o uso da informática, as crianças ficaram mais
      atentas, observadoras e desenvolveram a coordenação motora. 
       
      Nos dois primeiros anos, a pré-escola oferecia laboratórios no local,
      mas como ela cresceu muito, este ano fez um parceria com outra grande
      escola. "Até os pais das crianças sentiram a mudança, pois elas
      chegavam em casa e tinham interesse de continuar usando o computador. A
      experiência está sendo bastante válida", comenta. 
      Priscila
      Bueno 
                   
       
       
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