Um quilo de 
                  paz    
                              
                  Sentado numa poltrona, em frente à TV, estava 
                  Washington. 
 Até que: plic!
- Não agüento mais jogar 
                  videogame! Todos os dias, a mesma coisa!
Washington é 
                  um garoto de 12 anos e mora em São Paulo. Filho de uma família 
                  muito rica, tinha de tudo, mas não era feliz. Com poucos 
                  amigos, sentia falta de algo importante: a paz.
Certo dia, 
                  pediu dinheiro a sua mãe para comprar um "negócio". A mãe, sem 
                  perguntar pra quê, entregou-lhe o dinheiro. O garoto entrou 
                  numa loja e pediu:
- Quero um quilo de paz.
A 
                  balconista, irritada, sem lhe dar atenção, respondeu:
- 
                  Aqui não se vende paz!
Passou em outra loja, em um bar, 
                  numa padaria. Depois de andar muito, cansou de ser debochado e 
                  voltou para casa. Sentou no sofá, pensativo: onde compraria a 
                  paz?
O toque da campainha quebrou seus pensamentos. 
 Ao 
                  abrir a porta, um senhor bastante idoso suplicou:
- Por 
                  favor, meu bom menino, há dois dias que não ponho nada na 
                  boca,
 não agüento mais de fome. Pode me dar algo para 
                  comer?
- O senhor sabe me dizer onde eu posso comprar a 
                  paz? - pergunta o menino, ainda preocupado com o seu 
                  problema.
- Sim, me traga algo para comer que eu te 
                  digo.
Ansioso, mais do que depressa Washington foi até 
                  a cozinha. 
Voltou com um prato transbordando de 
                  comida e um copo de suco de laranja. Sentou-se ao lado do 
                  homem, ouvindo-o atentamente.
- Olha, meu amigo. Existe um 
                  dinheiro com o qual podemos comprar a paz. 
É com o 
                  nosso coração.
- Mas se eu tirar o coração, como posso 
                  viver? - pergunta o garoto, confuso.
- Com o coração quero 
                  dizer: quando fazemos o bem aos nossos irmãos! Hoje, eu sei 
                  que você vai se sentir muito feliz, com muita paz, por ter me 
                  tratado bem, por ter me dado um prato de comida. Sentiria o 
                  mesmo se tivesse feito a outra pessoa.
- É verdade? - 
                  pergunta Washington - puxa, estou tão feliz só de ouvir o 
                  senhor me falar isso!
Daquele dia em diante, o garoto 
                  refletiu muito sobre aquela conversa e como se sentira feliz 
                  ao ajudar alguém. Continuou praticando o bem. 
E, como 
                  por encanto, começou a ter muitos amigos.
                    
E pôde confirmar 
                  que a paz está dentro de cada um de nós, basta 
                  cultivá-la.
                    
                    Bom dia!!!
                    
Rogério Davi 
                  Moreira
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