Descoberto fóssil mais antigo do "Homo sapiens"

Uma equipe internacional de cientistas da Universidade da Califórnia, em Bekerley (EUA), desenterrou fósseis de 160 mil anos na Etiópia. Eles estão apresentando os fósseis como os mais antigos representantes do homem moderno. Junto aos fósseis foram achadas ferramentas e restos de grandes animais. A descoberta dos crânios confirma estudos genéticos que diziam que o Homo sapiens surgiu justamente nesse período e nessa região da África.

Os fósseis seriam de dois adultos e de uma criança, cujas idades são estimadas entre 154.000 e 160.000 anos, em escavações perto do povoado de Herto, cerca de 225 quilômetros a nordeste da capital da Etiópia, Adis Abeba. 

Os restos de Herto pertenceram a seres humanos primitivos que habitaram perto de um lago com abundantes peixes, crocodilos e hipopótamos nos arredores desse povoado, convertido hoje em um vale seco onde vive a tribo seminômada dos Afar.

Os crânios estão fragmentados e se diferenciam dos do homem atual por serem um pouco maiores, um pouco mais longos e por terem os arcos das sobrancelhas muito pronunciados. Por isso ganhou o apelido de Homo sapiens edaltus (edaltus siginfica 'homem velho' na língua africana afar).

Marcas encontradas nos ossos indicam rituais funerários, envolvendo a preservação e a adoração dos corpos por parentes ou membros da tribo. 'Eles provavelmente cortaram os músculos e quebraram as bases cranianas para extrair o cérebro', disse o antropólogo Tim White, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que liderou a pesquisa, publicada na revista 'Nature' (www.nature.com).

Os pesquisadores acreditam que os fósseis encontrados explicam a lacuna que existia entre os hominídeos africanos e os primeiros homens modernos.

''Faltavam provas entre os pré-humanos e os humanos modernos, entre 100 mil anos e 300 mil anos, e esses fósseis preenchem a lacuna'', afirma White.

A descoberta também mostra que o homem moderno conviveu com o homem de Neanderthal e fortalece a teoria de que os seres humanos surgiram e evoluíram na África, antes de espalharem-se para outras partes do planeta.

Para o paleontólogo do Serviço de Pesquisa do Vale do Rift, os fósseis são únicos porque são os mais próximos do homem moderno.

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