Chip de retina poderá ajudar deficientes visuais

Reinaldo José Lopes
Free-Lance para o UOL Inovação


Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo um chip que poderá substituir parte das células que formam a retina humana e devolver, pelo menos parcialmente, a visão a pessoas que já não enxergam por causa de doenças como a retinite pigmentosa.

"Com financiamento adequado, acreditamos ser possível testar o chip em animais dentro de três ou quatro anos", afirma o físico Eunézio de Souza, da UnB (Universidade de Brasília) e da Universidade Presbiteriana MacKenzie, em São Paulo. Ao lado de pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o físico está trabalhando na primeira fase do desenvolvimento do chip de retina, um sistema que vem sendo pesquisado fora do Brasil mas que, até agora, não passou de testes preliminares em seres humanos.

"Queremos um sistema que misture os dois principais tipos de chip de retina testados hoje, o subretinal e o epiretinal", afirma Souza. Os dois sistemas têm suas vantagens e desvantagens. O subretinal usa uma placa cheia de microfotodiodos, sensíveis à luz, para substituir os cones e bastonetes (as principais células da retina a captarem cores e formas), enquanto se aproveita do resto da "fiação" neuronal da retina, que precisa estar ainda intacta. A luz estimula os fotodiodos, que transmitem correntes elétricas muito pequenas para as demais células nervosas visuais e delas para o cérebro. Já o chip epiretinal usa uma microcâmera externa, que transforma as imagens que capta em estímulos elétricos, usados para excitar o nervo óptico.

 

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