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                   Esquizofrenia pode
        depender de conexão neuronial
         O resultado de estudos com ratos transgênicos sobre
        as conexões entre os neurônios destes animais fazem surgir a
        expectativa de um novo caminho para tratamentos da esquizofrenia, uma
        doença que aparentemente só afetava humanos. A informação é do
        jornal Le Monde. 
        Uma equipe mista, que inclui pesquisadores da Universidade Joseph
        Fourier de Grenoble, do Inserm e do CEA, realizou experimentos com ratos
        transgênicos e desenvolveu um modelo que, por analogia, pode ser
        utilizado para o estudo da origem e do tratamento da esquizofrenia. 
         
        No passado, os cientistas achavam que a esquizofrenia - doença que
        afeta 1% da população mundial aproximadamente - não era acompanhada
        de alterações neurológicas evidentes nem de anomalias detectáveis no
        cérebro. No entanto, a equipe francesa sustenta agora que os modelos
        recentes postulam que a doença é decorrente de problemas na
        conectividade neuronial, ou seja, das sinapses, que são os elementos
        que conectam os neurônios entre si. 
         
        O mau funcionamento destas sinapses gera disfunções da atividade
        global do cérebro e, portanto, do comportamento. O laboratório
        inicialmente desenvolvia uma pesquisa sobre o câncer a partir das funções
        da proteína Stop e, concretamente, estudava o que acontecia quando essa
        proteína era inibida em ratos. 
         
        Os pesquisadores comprovaram que o funcionamento das sinapses das
        cobaias sofriam um déficit, o que não ameaçava sua vida mas causava
        "alterações de comportamento múltiplas e severas", como uma
        contínua alternância de fases de agitação e de frustração e reações
        de indiferença quanto ao restante dos animais e à própria progenitora.
        
         
        
          
          Terra
        
         
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