Todos estamos matriculados na escola da vida, onde 
o mestre é o tempo
(Cora Coralina)

                                                    

 

                          A diferença

A porta fechara-se com estrépito. Mariazinha batia o pé chorosa. Queria a boneca grande, queria!

A mãe, preocupada, em vão procurava explicar-lhe porque não podia atender-lhe o desejo.
Contudo, a menina desatendia a qualquer raciocínio.

Sua mãe, era de condição modesta, não poderia jamais conceder-lhe o pedido. Conseguira comprar-lhe o vestidinho simples, mas alegre, e uma boneca pequena, mas graciosa, entretanto, a menina não ficara feliz com o presente materno.

Vira a menina rica da esquina, cercada de luxo e presentes caros, de bonecas suntuosas. Não compreendia porque ela não podia ter o mesmo. Julgava que a mãe não lhe queria dar.
- Minha filha! Compreenda que temos o bastante! Não precisamos de nada mais para nossa felicidade! Jesus ficará triste se você for 
vaidosa e a inveja agasalhar-se em seu coração.

- Jesus não gosta de mim! - dizia ela a chorar - Por que dá tudo às outras e a mim só isso? A senhora não diz que Ele é justo e bondoso?
- É. Jesus nos tem ensinado que Deus é pai bom para todos e colocou cada um de nós no lugar onde precisa estar, para aprender a viver feliz! Não nos deu dinheiro porque somos muito vaidosos e o dinheiro nos faria mal. Entenda filha, é para o nosso bem! Sejamos felizes e agradeçamos ao Senhor o pouco que temos.

A menina calou-se pensativa, mas trazia ainda a revolta estampada na face. Apanhou a boneca modesta, que a olhava com olhos inocentes, com evidente desgosto.

Foi quando a campainha da porta soou. Seria o pai com algum presente? Correu a abrir com a fisionomia subitamente animada.

Estacou surpreendida. Pobre mulher trazendo uma criança ao colo e outra pela mão, estendia a mão suplicante.

A dona da casa correu a buscar algum alimento. Era noite de Natal!

A menina recém-vinda olhava maravilhada para a outra e seus olhinhos brilhantes iam do vestido novo à boneca que ela carregava.

A outra, fitando-lhe o corpinho magro e maltratado, os pés descalços e os olhos tristes, sentiu-se repentinamente rica.
- Posso ver? - indagou a pobre criança aproximando-se.
- Pode. Gosta?
- É a boneca mais linda que já vi!
- Você tem uma igual?

A outra abanou a cabeça.
- Não. Mas quando eu crescer, vou ter uma boneca de verdade. Que fala, que anda, que chora e que ri.
- Como assim?...
- Deus vai me dar uma, mamãe disse. E será mais bonita do que todas as bonecas mortas que tem por aí!

A outra ficou pensando, pensando.
Quando se foram, a menina aproximou-se da mãe em atitude humilde e perguntou:

- Mamãe, Deus também vai me dar uma boneca de verdade quando eu crescer?
- Vai, minha filha, se você merecer.
- E para a filha de Dona Bety também?
- Sim minha filha, se ela for boazinha.

- Então, mamãe, Deus é justo mesmo! Porque se os papais da terra 
dão para as filhas as bonecas que podem, Deus dá para todas 
bonecas iguais!

E sorriu completamente feliz.

1618
Maktub


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