Lá onde reina a lucidez, a escala de valores 
é uma coisa sem valor

 


Nem tudo pode ser como...


Quando os bebês nascem, berrando por terem saído do conforto em que estavam, berrando a cada sensação de fome e frio, eles começam a perceber que, neste mundo, existem situações em que nem tudo pode ser do jeito que gostariam que fosse.

A nova alimentação lhes dá dor de barriga, e esta dor nem sempre passa logo. O xixi na fralda também incomoda. Conforme eles crescem, vão percebendo que a vida funciona assim: muitas vezes, não podemos ter o que desejamos, ou não podemos fazer o que queremos do jeito que queremos.

Porém, quase diariamente, acontecem coisas que nos desagradam, ou somos obrigados a fazer coisas que detestamos ou a deixar de fazer coisas que adoramos.

Existem dias em que temos de renunciar a fazer algo que planejamos para comparecer a algum compromisso da família, como não ir ao cinema no último dia em que o filme está em cartaz, para ir ao aniversário de uma tia.

Ou por causa da escola, como não sair com a turma para poder estudar pra uma prova muito difícil...

As coisas funcionam assim, para qualquer ser humano: às vezes, as pessoas em volta se acomodam às nossas vontades e, às vezes, nós é que precisamos nos acomodar às necessidades de um dado momento ou de outra pessoa.

O que é curioso é que muitas pessoas, mesmo não sendo mais bebês, não compreenderam isto ainda: continuam chorando ou gritando, quando qualquer uma de suas mínimas vontades não é satisfeita. Parecem bebezões! Se não choram escandalosamente, pra não dar vexame, pelo menos fazem biquinho e ar de contrariedade...

É lógico que é importante podermos fazer nossa vontade, até lutar por isso. Mas também é importante saber compreender quando é preciso ceder por uma razão mais séria, e a capacidade de perceber isto nos ajuda muito, em nossas vidas.

Uma das coisas que torna estes momentos mais difíceis, é que pode bater aquela sensação de que ninguém liga pro que queremos. Mas se pensar um pouco, vai ver que as pessoas que o amam vem tentando fazer coisas que agradam, em outras ocasiões; e que elas terão inúmeras outras chances de fazê-lo.

Na verdade, fazer algo pelo próximo pode nos dar uma sensação muito mais agradável que fazer algo por nós mesmos. Sim, você pode descobrir que a vida reserva grandes alegrias, também aos que renunciam a um de seus momentos de lazer pela dedicação a um ideal ou para oferecer ajuda a alguém mais além de si próprio.

Bom dia!!!


Rita Foelker  
Folha da Criança
2265

 

 

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