"A chave do sucesso é reservar oito horas por dia para o trabalho, oito para dormir, e ter certeza de que 
não são  as mesmas." 
  - 
Roberto Dualibi)

                                                    

          

 

O BÊBADO E A ARTISTA

Era uma jovem artista, diferente... contava apenas quinze primaveras,
mas atraía em muita gente interesse, atenção, bondade, simpatia.

Sabia interpretar mensagens de alegria e enriquecer canções 
que o público aplaudia em palmas e ovações.

mas, em casa, essa jovem assume outra figura:
Parecia uma fera caprichosa! Trazia exteriormente a beleza 
da rosa e por dentro de si todo um arsenal de espinhos.

O pai, viúvo e só, notava isso e ao ver a filha única, vaidosa,
ele, humilde operário, agarrado ao serviço, começou a beber, 
buscando o esquecimento. 

Lamentava a viuvez, a dor, o desalento...

E, ao embriagar-se, um dia, ouviu a filha, em 
dura rebeldia, a expulsá-lo do lar:

  "Vá-se embora daqui -- disse a filha a gritar. O senhor já não 
manda nesta casa, um pai bêbado é nódoa para mim.
Tolerância sempre chega ao fim...

O seu vício me arrasa, saia, saia daqui, seu lugar é na rua!".
O pobre pai mal pôde levantar-se, mas ergue-se, recua,
vai cambaleando na calçada, enquanto a filha tranca a porta
e vai dormir mal-humorada.

Seis anos transcorreram sobre a cena. A menina fizera-se famosa.
No circo de alto luxo, ela domina... Parecia, no trapézio, uma 
estrela divina ou borboleta humana, bailando soberana.

Era a dona dos prémios e era vista por beleza sem par e modelo 
de artista. Veio uma grande noite. Aplausos. 
Alegria. A plateia delira, a multidão aplaude,
o número da moça é quase que magia.

Há espanto nos olhos, êxtase nas almas... O trapézio voava, ela 
saltava e ria, de corpo seminu, em leve fantasia.
Nisso ocorre um imprevisto.

Ante a platéia atenta, surge um curto-circuito e faísca violenta
ateia fogo em cima e arrasam-se estruturas.
A jovem trapezista atrapalha-se e agarra
uma viga de amarra que fica nas alturas...
Ela, a estrela da equipe, a moça bela e forte,

grita e roga socorro, ao conhecer-se em presença da morte.
O incêndio desata, o circo se esvazia, a jovem grita, grita e 
ninguém  a escuta; a multidão de longe apenas segue
os detalhes cruéis daquela imensa luta.

Mas um velho palhaço, um canastrão de arena, vara o fogo e se 
eleva, em corda frágil. Eis que o povo lhe exalta a coragem serena...

Certa viga, ao cair, espanca-lhe a cabeça, ele, porém, não pára e, 
ante a fumaça espessa, alcança a moça aflita e, tomando-a 
nos braços,  desce, devagarinho,

procurando caminho, nos bancos chamejantes, em pedaços...
Mas, ao depor no chão a moça linda e salva, ela sorri feliz 
e povo aplaude, prazenteiro. Entretanto, cai exausto o truão do 
picadeiro, tomba mostrando a boca, em larga flor de sangue...

Era uma chaga só aquele corpo exangue.
Arfa-lhe o peito enorme, a morte se aproxima.

Alguém chega e o reanima. É um velho amigo que reaparecera
e que lhe arranca a máscara de cera... O povo se aglomera.
Ante a cera que cai, a moça empalidece,
ajoelha-se e grita, como em prece:

-- "Meu Deus, ele é meu pai!" E ele nela fixando o olhar que se 
despede e brilha, num resto de calor e de ternura,
tão-somente murmura: "Deus te abençoe,
Filha do coração, meu amor, minha filha!" ;-o

Autora espiritual: Maria Dolores. Poema

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